A presidenta afasta do cargo um ministro com familiares e diretores de estatais citados em supostos esquemas de corrupção.
Em seguida, os integrantes do partido, do qual o ministro e os diretores fazem parte, anunciam a saída do bloco governista no Congresso Nacional.
Poucos dias depois, novos escândalos são revelados em ministérios do partido com a maior bancada na Câmara Federal.
Mais uma vez, cumprindo seu papel, a presidenta afasta do cargo os envolvidos. Insatisfeitos, os deputados resolvem parar as votações na Casa.
O que eles queriam? Que os suspeitos de corrupção permanecessem nos cargos? Afinal, para quê eles foram eleitos? Para vender o voto em troca de cargos?
O comportamento das excelências deixa claro que o parlamento é, nada mais, nada menos, que um balcão de negócios. Modelo que é repetido nas Câmaras Legislativas dos estados brasileiros.
Em praticamente todos os casos, cada deputado e senador usam o seu voto para conseguir algum benefício particular: indicações para cargos, liberações de emendas parlamentares ou um mensalão.
Eles não querem saber se o projeto que é aprovado com o seu voto vendido é bom ou ruim para o país. Não! Nada disso! Que se dane o bem comum! O mais importante é tirar o maior proveito possível dos quatro (ou oito) anos de mandato.
Afinal, foi muito difícil vencer a eleição. É preciso pagar os gastos milionários da campanha. Arrecadar fundos para a próxima. E ainda garantir o uísque importado e a puta de butique.
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