Blog do Paraíso: A política, o Papa e o mito

terça-feira, 23 de agosto de 2011

A política, o Papa e o mito

Há muito tempo a política deveria estar desassociada a religião. Deveria. Infelizmente, não é bem isso que acontece na prática. Os crucifixos espalhados pelas Câmaras Legislativas do país estão lá para não me desmentir. E as bancadas evangélicas também.

Nas eleições presidenciais de 2010, ideias conservadoras ligadas ao cristianismo fizeram os principais candidatos, José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), adaptarem os seus discursos. A vencedora do pleito foi a mais atacada. Para tentar conquistar os votos dos católicos, que são a grande maioria dos brasileiros, correligionários de Serra acusaram a presidenta de não acreditar em Deus, de ser defensora do aborto e do casamento gay.

Nenhuma dessas ideias deveria ter pautado o debate presidencial, por várias razões. Primeiro porque o Estado brasileiro é laico. Segundo porque é livre o culto de crenças e credos no país – acredita em Deus quem quer. Por fim, questões tão importantes e polêmicas como o aborto e o casamento gay deveriam ser tratadas com muita delicadeza, discussão e, principalmente, sem o moralismo de nenhuma religião.

Infelizmente, o vale-tudo para conquistar a grande maioria dos votos prevaleceu. E todos viram o nível que foram as eleições presidenciais de 2010.

Em 2014, o lamentável episódio tem grandes chances de se repetir nas eleições para presidente da República. Percebendo a perda de fiéis, sobretudo jovens, a igreja Católica realizará em 2013 a Jornada Mundial da Juventude no Brasil. A grande estrela será o Papa Bento XVI.

Os jovens, minha gente, são, ou serão, decisivos nas próximas eleições. Logo, são um importante público alvo a serem conquistados.

Mas o que muitos jovens ainda não sabem é que Jesus Cristo pode ser uma farsa, pelos menos, é o que defende trechos do documentário “Zeitgeist, o Filme”. Lançado em 2007, o vídeo se tornou um sucesso do You Tube.

Neste vídeo abaixo, dublado em português por Deuglécio Lima, é apresentado a primeira parte da tese do documentário sobre a suposta “farsa do cristianismo”. “Este é o sol. Desde o ano 10 mil antes de Cristo, a história abunda em pinturas e escritos que refletem o respeito e adoração dos povos por este astro”, começa o documentário que nesta parte explica o porquê do surgimento da adoração pelo sol e quais foram os mitos originários desse culto.
Jesus é comparado a Hórus. Quando nasceu em 25 de dezembro de uma virgem, foi seguido por três reis magos. Começou a pregar aos 12 anos. Foi batizado aos 30. Traído por um de seus 12 discípulos, foi morto crucificado, mas ressuscitou ao terceiro dia. Esta é a história de Jesus? Certo? Errado. De acordo com o documentário do norte-americano Peter Joseph, esta é a história de Hórus e outras dezenas de divindades solares.
“Não queremos ser indelicados, mas temos que ser factuais. Não queremos magoar os sentimentos de ninguém, mas queremos ser academicamente corretos naquilo que compreendemos e sabemos ser verdadeiro. O cristianismo não é baseado em verdades. Consideremos que o cristianismo foi apenas uma história romana, desenvolvida politicamente”, conclui o historiador Jordan Maxwell.

“Foi sempre o poder político que procurou monopolizar a figura de Jesus para controle social”, prossegue o videodocumentário – veja abaixo. “Por volta de 325 depois de Cristo, em Roma, o imperador Constantino reuniu o Concílio Ecumênico de Niceia e foi durante essa reunião que as doutrinas políticas com motivação cristã foram estabelecidas. E assim começou uma longa história de derramamento de sangue e fraude espiritual. E nos mil e 600 anos que se seguiram, o Vaticano dominou politicamente com mão de ferro toda a Europa, conduzindo-a a um período de obscurantismo, onde o conhecimento era apenas um privilégio da igreja, as cruzadas e a santa inquisição. O Cristianismo, bem como todas as crenças teístas, são a fraude desta Era. Serviu para afastar os seres humanos do seu meio natural e, da mesma maneira, uns dos outros. Sustenta a submissão cega do ser humano a autoridade. Reduz a responsabilidade humana sob a premissa de que Deus controla tudo e que, por sua vez, os crimes mais terríveis podem ser justificados em nome da perseguição divina. E o mais importante: dá o poder aqueles que sabem a verdade e usam o mito para manipular e controlar sociedades”.
Com estas informações, os jovens brasileiros estão prontos para receber o Papa em 2013.

Nenhum comentário: