A Funai esconde o estudo antropológico que conclui que a área em que empresas querem construir é indígena. Mas o Brasília 247 teve acesso ao documento
Sabrina Fiuza_Brasília247 – Para identificar se o Noroeste é área indígena, a Fundação Nacional do Índio (Funai) solicitou estudo antropológico ao historiador e antropólogo Jorge Eremites, de Mato Grosso do Sul. O estudo ficou pronto em agosto deste ano, mas a Funai ainda não o divulgou e nega que o tenha recebido. No entanto, o Brasília 247 teve acesso ao documento, de 49 páginas, que comprova que há no Noroeste um território indígena, como índios que vivem lá reivindicam.
Para realizar o estudo, Eremites utilizou três métodos: a história de vida, baseada na vida indígena no local; o método genealógico, em que reconhece relações de ancestralidade, consanguinidade e afinidade; e o método etnográfico, que observa a vida social e a cultura do grupo.
A equipe responsável pelo estudo esteve no Santuário dos Pajés, no Noroeste, em maio e em julho de 2010, somando treze dias de trabalho de campo. Foi constatado que a presença indígena no Noroeste data da década de 1950, sendo que os primeiros índios habitarem aquelas terras foram os pais do pajé Santxiê Tapuya, chefe de uma das tribos que briga pela permanência na área.
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