Blog do Paraíso: Copa 2014: começa a gastança do dinheiro público

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Copa 2014: começa a gastança do dinheiro público

A gastança do dinheiro público para a realização da Copa do Mundo de 2014 já começou. Para a realização de um evento privado, na Marina da Glória, no Rio de Janeiro, foram gastos 30 milhões de reais, sendo que a TV Globo foi beneficiada por parte desta bolada, fato que compromete a emissora.

Dona dos telejornais de maior audiência no país, a Globo dificilmente fará uma cobertura isenta sobre os lucrativos negócios do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, suspeito de ter recebido 9,5 milhões de dólares em propina. Logo, a tendência é só piorar a farra com o dinheiro público.

Em 2007, num evento semelhante para o sorteio das eliminatórias do mundial de futebol, a África do Sul, país que sediou a última Copa, foram gastos bem menos: o equivalente a 2 milhões de reais.

Aqui no Brasil, no sábado, quando aconteceu o sorteio, foram gastos – é importante repetir – 30 milhões de reais. Isso mesmo. 30 milhões de reais. Com esse valor, imagine quanto custou cada papelzinho com os nomes dos países. E o lanche? Ah! Eles devem ter servido lanche, com comida raríssima e importada. Num evento em que foram gastos 30 milhões de reais, com certeza, teve lanche chiquérrimo. Se não teve, fica difícil imaginar para onde foi tanto dinheiro. Para o transporte das “otoridades”? Pode ser, mesmo assim, o dinheiro dava para ter feito outras coisas. Acho que foram distribuídos brindes. Enfim, é preciso muita criatividade para imaginar como foram gastos 30 milhões de reais num evento de apenas duas horas de duração.

E isto é apenas o começo da gastança do dinheiro público. Para o Brasil ser escolhido sede do mundial de futebol, o projeto não previa essa farra com o dinheiro do povo. Mas não é isso que se pode ver na construção dos estádios de futebol. Milhões e milhões de reais, em forma de incentivos fiscais, estão sendo aplicados nos empreendimentos - é o caso de São Paulo, clique aqui e leia.

Aqui no Distrito Federal um terreno de 85 mil metros quadrados, avaliados em 700 milhões de reais, se transformará num novo Setor Hoteleiro. O dinheiro arrecadado com o empreendimento será usado para custear parte da construção do Estádio Nacional de Brasília, uma obra com viabilidade econômica questionável, pois a capital não é uma cidade com tradição no futebol. Na tentativa de fazer Brasília receber o jogo de abertura da Copa do Mundo, o projeto do novo estádio atende as exigências dos organizadores do evento e tem capacidade para 70 mil espectadores. E se a abertura do mundial acontecer em São Paulo ou em outra capital? O estádio se tornará num Elefante Branco.

A inviabilidade econômica do Estádio Nacional de Brasília não é o único problema. O governador do Distrito Federal, Ongnelo... Ops! Agnelo Queiroz (PT), teve seus bens imóveis indisponibilizados pela justiça federal, porque é réu numa ação de improbabilidade administrativa na realização dos superfaturados jogos Pan Americano do Rio de Janeiro, em 2007. Na época, Agnelo era ministro dos Esportes. Se condenado na ação, o governador não terá nenhuma credencial moral para receber o jogo de abertura da Copa.

Os brasileiros precisam ficar de olhos bem abertos, senão verão, no maior evento esportivo do mundo, a maior ladroagem de dinheiro público do mundo.

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