Blog do Paraíso: Dura, triste e deprimente realidade

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Dura, triste e deprimente realidade

O médico considerado pai da Psicanálise, Sigismund Schlomo Freud, popularmente conhecido apenas por Freud, possuía uma visão bem pessimista sobre a felicidade do ser humano. Para o psicanalista nascido na Áustria, “existem duas maneiras de ser feliz nesta vida, uma é fazer-se de idiota e a outra sê-lo”.

Só mesmo sendo muito idiota para não saber que vivemos numa sociedade hipócrita, onde a política é um negócio, o judiciário é um dos poderes mais corruptos, a imprensa é um partido político e a democracia é uma falácia.

Com raríssimas exceções – se é que elas realmente existem – quem entra na política tem a intenção de ficar rico ou aumentar, mais ainda, sua fortuna. A prestação de serviço para o povo é o mínimo, que não passa da obrigação do gestor, mas é apregoada com muita pompa e propaganda, como se eles estivessem fazendo um favor.

O poder judiciário, que deveria promover a justiça, é um dos mais corruptos e perversos, porque, para ganhar sua parcela na "mamata", deixa muita coisa passar despercebida, interpretando a lei, quase sempre, a favor dos ladrões do colarinho branco. Há uma máxima muito conhecida entre eles: “réu solto, processo preso. Réu preso, processo solto”.

Para piorar mais ainda a situação, a imprensa, que deveria fiscalizar os três poderes, também busca sua boquinha na "mamata", agindo de acordo com seus interesses, assim como um partido político. Só divulga aquilo que lhe convém. Quando a notícia atinge seus anunciantes ou as empresas que mentem negócios, o silêncio é total.

A consequência disso tudo é que o povo perde todo seu poder e se torna escravo desse sistema. A democracia hoje é uma falácia, porque se resume apenas no dia da eleição, onde o cidadão não tem escolha, devido a limitada oferta de opções. Patrocinados por grandes corporações e empresários, os candidatos vencedores são sempre os que mais gastam, oficialmente e extra-oficialmente, dinheiro. Muito dinheiro. Quem não tem recurso, não é conhecido pela população. Aliás, nem legenda tem.

Assim, os verdadeiros donos do poder não são o povo, mas os grandes financiadores das campanhas, que recebem sua recompensa durante o mandato do político que elegeu.

Você, que chegou até esta linha deste texto, certamente não é feliz, pois não está seguindo o conselho de Freud. Sabe de uma coisa? Esqueça tudo que foi escrito acima. Vamos dar ouvidos ao pai da psicanálise e vamos ser feliz.

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