Marina Silva deixa o PV e se redime de seus pecados

A saída da ex-senadora Marina Silva do Partido Verde (PV) redime os pecados da ex-petista. Pecados cometidos contra sua história de lutas nos movimentos sociais e ambientais. Pecados que, por pouco, não fizeram o tucano José Serra virar presidente do Brasil e implantar sua política privatista, neoliberal e pró-americana.

Desde quando Marina se filiou no PV para sair candidata a presidente, já se sabia que o grande beneficiado com sua candidatura seria o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB). Isso porque a estratégia do PT era fazer das eleições presidenciais de 2010 um plebiscito para saber do povo brasileiro se o governo de Luiz Inácio Lula da Silva foi melhor, ou não, que o governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC). Por saber que Lula foi bem melhor que FHC, os demotucanos não queriam esta comparação. Eles, portanto, forjaram uma terceira via.

Eis que surgiu Marina Silva, mulher, ex-petista, com um honroso histórico de defesa do meio ambiente, ao lado do ambientalista Chico Mendes.

A estratégia dos demotucanos deu certo. Com 19,6 milhões de votos, Marina ficou em terceiro e a disputa entre Dilma Rousseff (PT) e José Serra foi para o segundo turno.

Todo político quando entra numa eleição tem a intenção de vencer. Certamente, este era o pensamento de Marina. Todo mundo erra, afinal, errar é humano, mas persistir no erro é burrice. Marina é inteligente. Ela se desfiliou do PV.