Blog do Paraíso: TJ barra negócio imobiliário de Agnelo

terça-feira, 19 de julho de 2011

TJ barra negócio imobiliário de Agnelo

Em nome do Mundial, governo distrital quer transformar área tombada em polo hoteleiro contestado

Marta Salomon / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo

A Justiça mandou suspender um negócio milionário que, em nome da organização da Copa do Mundo de 2014, o governador Agnelo Queiroz (PT) quer fechar com a indústria da construção civil do Distrito Federal.

Ele pretende transformar uma área livre de 85 mil metros quadrados, na região central de Brasília, em nova quadra de hotéis e flats que avança sobre a área tombada da capital e aumenta o gabarito dos prédios em até 441%.

Avaliada em R$ 700 milhões, a área foi oferecida ao mercado imobiliário como forma de financiar as obras do Mané Garrincha, estádio para 71 mil torcedores.

A ideia do governo do DF é credenciar Brasília para sediar a abertura da Copa ao custo de um projeto com viabilidade econômica questionável.

O projeto imobiliário apresentado pela Terracap, empresa que administra as terras públicas do DF, é considerado "medíocre" pelo Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), segundo documentos obtidos pelo Estado.

Na semana passada, o projeto foi suspenso por liminar concedida a pedido do Ministério Público do DF sustentando que o negócio fere o tombamento.

Para o MP, a área deve ser mantida verde, sem obstáculos ao horizonte de Brasília, como previa o projeto inicial de Lúcio Costa para a cidade e sua "escala bucólica".

A equipe de Agnelo Queiroz, entretanto, insiste no negócio. "Brasília já demanda, para hoje e para o futuro, a ampliação de sua rede hoteleira. O governo do Distrito Federal está tomando todas as medidas administrativas e legais para a liberação de novas áreas", informou.

Um comentário:

Fábio Campos disse...

Quem é Lúcio Costa? Ele já morreu? Porque desde que morro em Brasília ouço falar em Lucio Costa, mais entre a Política e o Lucio a Política sempre ganha.